29.12.04

Alguém duvida do q se pode fazer com palitinho?

http://www.shockwave.com/sw/spotlight/hp_music/

27.12.04

O Bernbach devia ter dirigido Cinema Paradiso. O filme é história pura, não tem efeito especial, não tem truque de edição, não tem nada inovador na montagem, na fotografia, na direção que faça a história ser contada de um jeito mais interessante. Isso pq a idéia já basta por si só. Parece aqueles raffs toscos maravilhosos pra volkswagen.

21.12.04

É, eu fui ver os incríveis. É bom. Porque mostra o lugar comum. É uma tendência meio velha já. O shrek já tinha zuado com os contos de fada e mostrado algo que nos é mais comum do que uma realidade idealizada e perfeita. E isso já tinha aparecido em outras áreas, na filosofia, no desenho, nas artes, na psicologia... Tá todo mundo parando de imaginar o principe perfeito e olhando pro umbigo cabeludo. Pensei em duas coisas:como eles fazem pro lugar comum ser tão mais legal que o incrível? Será que as mulheres que assistirem os incríveis vão ficar menos paranóicas? :-)

30.11.04

Nao tem spam pq nenhum leitor posta!!!:-)
Make love not spam

24.11.04

A dança dos guarda-chuvas


Um dia desses me deparei com um anúncio homenageando São Paulo. Vários guarda-chuvas vistos de cima formavam uma famosa garrafa de vodka. Imediatamente me lembrei dos dias chuvosos de verão e de como as pessoas não sabem andar com guarda-chuva. Literalmente, viram açúcar quando chove. Por que elas não conseguem desviar um pouquinho o guarda-chuva para não atingir a pessoa que vem na direção contrária? O que umas gotinhas a mais podem prejudicar a roupa? Afinal, ela foi feita para molhar, óbvio que só na máquina, mas algumas gotas não são motivo para se entrar em pânico.
Fiquei pensando em como é temporal em Paris. Será que as pessoas desviam ou não o guarda-chuva? Eu me molho um pouco para a madame passar, não tem problema. Mas e se for madame com madame? Provavelmente impera a arrogância francesa. Porque essa fama tem que vir de algum lugar.
Já na Inglaterra é o cavalheirismo que emperra tudo. Porque é um querendo que o outro passe primeiro. E como o que aceita primeiro parece ser menos cavalheiro que o outro, ninguém anda. Se bem que com o céu cinza quase o ano todo, eles devem esquecer um pouco disso de vez em quando. Deve ser por isso que nem todo mundo lá é sir.
Infelizmente eu não moro no velho continente. O que também não me livraria de me machucarem com o guarda-chuva. Talvez a Constanza Pascolato devesse escrever um capítulo sobre guarda-chuvas no seu próximo livro. Ótima solução. Enquanto isso não acontece, o jeito é rezar para não encontrar nenhum guarda-chuva vindo em sua direção. Ou para que São Pedro colabore.

16.11.04

Cheguei a conclusão que documentários são reportagens investigativas...Se não fosse a trilha legal, as entrevistas longas e a geração de caracteres bacaninha podiam passar no Jornal nacional.
E é o estilo cinematográfico menos tido como arte no Brasil. Eu acho o contrário. Eles são quase reportagens mas não são. É como olhar o abismo bem de pertinho.

Para ver:
Motoboys- Vida Louca
Balseros

9.11.04

Juro que é o último post sobre eleições americanas...
Sorry Everybody

8.11.04

Brilho eterno de uma mente sem lembranças é bom. Mas nada de excepcional. A idéia de fazer filmes sobre memórias é interessante, mas já tem um monte no mercado, até eu fiz o meu. A atuação é boa, a Kate detonou. Mas duas coisas de destaque são:
1) o diálogo da cena do metrô, logo no começo, quando os personagens principais se conhecem. Sensacional. Queria ter escrito aquilo, mto bom.
2) o uso do foco. Mó quesito técnico,mas fundamental...mto interessante o jeito que ele usa o foco para contar a história. Inclui-se também o uso das lentes,claro.

3.11.04

No fim é tudo sobre as pessoas


Confundiram-me com um andarilho. Disseram que para andar assim era errante. Pelo contrário. Sozinho, não vou a lugar algum. Perguntaram-me então de onde vinha tal contradição. Disse-lhes apenas que só as pessoas são o propósito de uma caminhada. Mesmo longe.

27.10.04

Agora é todo mundo contra o Bush...

25.10.04

LUCIDEZ

A tarde iluminava bem a varanda, o sol do campo não encontrava obstáculos para varrer o verde e brilhar a madeira. Só aquele senhor sentado a olhar as flores. Um olhar triste, meio abatido se juntava com as rugas que ganhara durante a vida.
Uma margarida soltou uma pétala. Hesitou, quis se levantar, a coluna doía, juntou forças e saiu da cadeira. O vento forte balançava seu cabelo. Pegou a pétala. Lembrou dela. Três décadas.
A textura da pétala lembrava sua face jovem. Delicada. Parou uns instantes. Fechou os olhos. O que será que ela pensava dele? Havia cometido tantos erros nesses trinta anos. Faltou com carinho. Vamos amanhã? Quem sabe amanhã? Trabalhou demais.
Não, agora não, não vou pensar nisso agora. Que importância? Um dia saí mais cedo. Tudo que pensar não vai me tirar essa sensação. Foi uma constante? E os três filhos? Ela sempre os quis.
Abriu os olhos. Não conseguia medir as coisas. As lembranças nunca foram parcas. Levantou-se. Voltou novamente a sentar na cadeira de balanço. O sorriso era uma coisa que não lhe vinha à face.
Era um homem pacato. Vencido pelo câncer de pulmão, a escoliose crônica, e várias doenças hepáticas. Embora isso não o incomodasse. Sabia que um dia isso viria a acontecer, nunca cuidou da saúde: fumou, bebeu em demasia. Aos noventa e três anos ainda era lúcido e lembrava de cada dia de sua vida.
A cadeira não trazia paz `a sua mente. Tudo que podia ter sido na vida, e foi. Será que tinha aproveitado de tudo? O sol já se ia e uma nuvem negra lá no horizonte se aproximava. Lembrou de quando batera no filho. Lástimas. O que será que teria acontecido se não tivesse esbofeteado a cara dele quando o menino quebrou um vaso chinês da mãe? Teria sido um menino melhor, sem rancor? Se envolveria com a desobediência e a desordem? Imaginar outros caminhos era difícil.
O tom laranja de despedida do sol aliviava a face queimada pela tarde quente e abafada. Tornou a fechar os olhos. Ponderou. Já não sabia mais para quê fazia aquilo. Mesmo assim remoia cada ação de sua vida. Cada detalhe, cada pensamento. A nuvem se aproximou um pouco mais.
A porta enferrujada fazia um barulho desagradável. Não quis se levantar para consertar. Abriu os olhos e avistou ao longe o lago que presenciou grande parte de sua vida. Não tinha mais razão para pensar. Foi porque foi assim. Não fizera nada de errado. Apenas viveu. As decisões que tomou, já não importam se acertadas ou não, eram dele. E isso o tornou ele mesmo. Outros rumos, acariciado o filho tivesse, amado a mulher. Não era para ser assim. Viveu.
A nuvem chegou. Uma chuva fina molhou a casa. Sentado, parou de respirar.
Fui conferir MINHA MÃE GOSTA DE MULHERES. Bom filme. A verdade é que o filme não tem nada de mais, a direção é boa, a fotografia não compromete, o figurino é mto bom e a história é engraçada. Mas nada que o faça ser considerado um filme de arte, como a maioria das pessoas rotulam os filmes europeus. É, entretenimento não se faz só nos EUA.

22.10.04

Clica aí. Não tem texto para ler mesmo...
Releituras

15.10.04

Depois de alguns problemas com os textos que iriam ser postados, o Coluna volta com força total.

O Amor Acaba.

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Paulo Mendes Campos

13.10.04

Fui ver Farenheit. Sim, atrasadissimo. Mas tudo bem. Apesar do Moore não explicar direito ou esconder algumas informações do filme, como na hora em que ele fala da coalizão e esquece de citar a Inglaterra e a Itália, o filme é praticamente impecavel. Melhor parte é qdo ele mostra em 2000 o Bush falando q o Iraque nao tem armas nucleares e depois em 2003 falando q ele as tem. Será que é só a gente que não tem memória?

30.9.04

Um daqueles diretores de cinema fodões...trabalho bom mesmo!
www.lynnfox.co.uk

27.9.04

Eu tava vendo o Beto Brant (é, o irmão famoso do vitão) e o Marçal Aquino no jogo de idéias ontem. Eles tavam discutindo literatura e cinema, porque o Beto adaptou pra tela vários contos do Marçal. Depois de 50 minutos discutindo um cara da platéia levanta e pergunta: mas então qual vc achou melhor, o filme ou o livro?
Sério, como uma pessoa em sã consciência, depois de ouvir quase uma hora o cara explicando que literatura não dá para comparar com cinema, pergunta isso?
Deu vontade de falar pela milésima vez que literatura a gente conta uma idéia só com palavras e cinema a gente conta com som e imagem, e sentar a mão. Como é que se compara queijo com sofá? Tem cada estudante,viu...

24.9.04

Vocês deviam ler OS MELHORES CONTOS DE FERNANDO SABINO. Dá ótimas idéias.

História Inventada

Às seis horas da manhã tudo estará terminado. São pouco mais de meia noite e só escrevi essas duas linhas. O Fernando Sabino, uma vez, escreveu sobre quando ele trava diante de um papel em branco. Disse que só consegue escrever uma página a cada hora e meia. Eu não sou o Fernando. Com esse tempo só dá para escrever um parágrafo. Me conformo então em escrever só quatro parágrafos até às seis.
Me animo um pouco ao começar o segundo às uma e cinqüenta e sete. Apesar do atraso, tenho a sensação de que a coisa vai engrenar. Ledo engano.
O relógio me avisa, como um soar de gongo, que fui inevitavelmente derrotado. Seis horas. Do lado de fora, o padeiro já está cansado de trabalhar. Aqui, a fornalha de palavras cisma em não dar massa ao texto. O frio da noite me convida a dormir.
Frustrado, fiquei imaginando se o Fernando não tinha inventado essa história de demorar tanto para escrever uma história. Só para gente sentir a agonia de quem escreve. Imaginar como é ficar sentado durante horas à frente de um papel. Ver as idéias se embaralharem na mente e não mancharem o branco do papel. Ele deve ter feito isso sim. Assim como eu fiz agora.

23.9.04

Eu não reclamo quando aumentam o preço da gasolina. Aliás, eu não acharia injusto pagar uns 10 reais por litro, apesar de não ter condições de bancar esse valor. Mas se você pensar que o cara tem que construir um monte de plataformas em alto-mar, cavar milhares de quilômetros, montar uma refinaria para tratar o material bruto, ter um canal de distribuição e ainda desenvolver tecnologia de ponta para tudo isso, vai ver que a gasolina é muito barata.
Caro é o preço da água. Tem ambulante que vende uma garrafinha por 1 real. Se você pensar no trabalho que ele teve, a fábrica não o ambulante, ia ficar revoltado. Eles vão em uma fonte, pegam a água, tratam e embalam. Não parece muito complicado. Mas revoltante mesmo é o preço de cerveja em festa. Tem que estar muito bêbado para pagar 3 reais em uma lata de Kaiser. Pense em todo o processo da cerveja, não pode ser mais complicado do que o da gasolina.
Tirando todas as explicações de marketing que você pode ouvir sobre o valor das coisas, vai perceber que a gente não sabe é colocar cada macaco no seu galho. Vai lá que a imagem da Petrobras não anda lá essas coisas devido aos últimos acidentes com as plataformas, mas, convenhamos, não era para gasolina ser tão barata só por causa disso.
O exemplo campeão: você compra um carro e sai todo feliz com ele. Aí você pára no estacionamento público e quem cuida do carro? Isso mesmo. Você deixa 20 mil reais, o preço de um popular, nas mãos do profissional mais preparado para cuidar de um carro: o flanelinha. Não dá para entender. Você gasta uma grana no financiamento, paga seguro, coloca trava e fica absolutamente bravo quando tem que pagar cinco reais para parar em um estacionamento seguro.
Eu só posso pensar que a gente não sabe o valor de coisa alguma. Me lembrei de uma ex que uma vez me perguntou se o meu amor por ela valia mais que todas as coisas. Eu hein, eu não dou valor nem para o meu carro. Deve ser por isso que ela acabou.

21.9.04

Chega de ficar falando de cinema, de ficar publicando crônicas e contos e de ficar falando de coisas que a gente tem que pensar para entender. Hoje o post vai ser muito mais legal, vai ter a foto da Luana Piovani.

(Pausa)

Quer dizer ia. Porque não tá rolando de postar a merda da foto.

Quem ainda não viu a tal fotografia, me mande um email.

20.9.04

Esse findi eu vi mestre dos mares: 10 indicações ao Oscar. Percebi que produção é tudo. Pq tinha que ser a produção para salvar esse filme. Atuações medianas, história sem conteúdo, puro entretenimento. Impressionante como uma boa fotografia, um bom cenário e uma boa direção de arte podem salvar um filme.

17.9.04

Até que enfim um texto legal na Coluna de Contos. Eu gosto muito desse texto, acho bacana mesmo. Tomara que vocês gostem também.

CARTA DE RECOMENDAÇÃO


Caro amigo, o portador desta pediu-me, com empenho, que o recomendasse a você. Isso se deve ao fato, óbvio, de, em algum momento do qual já não me lembro, ter-te recomendado a ele com algum elogio ocasional. Pois só por ter-te, gratuitamente, recomendado, poderia ele querer, interessadamente, ser recomendado por mim. Ora, como o conheço muito pouco, e te conheço muito, recomendo-o tudo que posso, sem saber se isso é bastante, e peço-te que faças por ele o que achares que podes, pois sempre farás demais. Não sei, porém, se, te recomendando ele, me recomendo a ti, a ele, e a mim mesmo. Pois o que eu poderia dizer do recomendado seria mais do que ele merece. Por ser também mais do que eu próprio mereço, já que, criterioso como sou, nunca recomendaria alguém que fosse menos do que eu, ou apenas tanto quanto. Mas sei que, pensado assim, fico num paradoxo: ele é quem deveria me recomendar a ti, e não eu a ele. Se você concordar com isso, então, por favor, peça que o faça, e só posteriormente aceite minha recomendação dele. Seu velho amigo - se é que jamais ouviu falar de mim - agradecido, Millôr.


RECOMENDAÇÃO A UMA CARTA DE RECOMENDAÇÃO


Caro Millôr, obrigado por ter-me gratuitamente recomendado, mesmo que por mim não fosse pedido. Concordo totalmente, já que não posso fazê-lo pela metade, de que a única recomendação que fizeste foi a sua, e a minha – o que faz de uma duas. Ao me recomendar a um desconhecido gratuitamente, e feito isso magnificamente bem, acaba de se recomendar a mim, a ti e a ele que nem conheço. Porém não posso aceitar a sua recomendação, já que se pouco conheces do recomendado, o recomendante, no caso você, perde credibilidade. E como você recomenda apenas alguém melhor que você, fica óbvio a sua ignorância perante o recomendado, e em dúvida, a sua capacidade de recomendar. Logo, melhor do que pedir a ele, que nem conheço, que te recomende a mim para depois ouvir tua recomendação dele, e assim sanado o problema, peço que cada um de nós se recomende a nós mesmos. Só assim consideraremo-nos melhores do que realmente somos. Apesar da lavada mentira, isso não acarretará problemas. Como nos desconhecemos, tudo foi dito e nada foi feito. Seu velho amigo, Jarbas.

15.9.04

A idéia do BloJ! é não escrever posts pessoais ou endereçados a um leitor em especial. A não ser que ele tenha mandado um comentário ou pedido alguma coisa. Mas enfim, não é esse o caso. Hoje não consegui seguir essa regra e inevitavelmente esse post tem endereço certo.


Gangorra


Quero virar criança e dizer que gosto de você. Gosto de você, viu? Depois dou uma gargalhada e digo que não gosto mais. Fico olhando, lá de baixo, para ver a expressão do seu rosto. Seguro outra gargalhada entre os dentes ao perceber os sentimentos de alegria e tristeza alternando-se caricaturalmente no seu rosto enquanto brinco de gangorra dos sentimentos.
Então você abre a boca e diz que também não gosta de mim. Fico esperando você dizer que gosta sim, mas demora tanto que dentro de meu peito forma um rio. Deságua pelos olhos. Você desespera e diz que gosta sim. Eu olho pra cima e entre um soluço e outro digo: "Agora já inundou".


PS. Esse poeminha me lembrou o dia de hoje. Queria falar sim quando tive que dizer não.

14.9.04

Quarta é o dia do futebol. Puro pretexto para se tomar cerveja. Quinta é dia daquela baladinha leve, talvez um cinema com barzinho para os namorados ou aquela festinha trânqüila na casa de um amigo. Seja qual for opção, você vai beber. Sexta e sábado nem se fala. É o pé na jaca com certeza. E domingo sempre rola aquele churrasco com cerveja.
Mas você já pensou na possibilidade de sair sem beber? Não, porque o negócio ficou tão automático que você sempre sai para beber. Sem perceber. Ou aonde você marca de encontrar seus amigos que não seja em um buteco? E ir para uma festa e não beber? Nem passa pela sua cabeça. A sinuca parece ficar manca sem a cervejinha. E o que fazer em uma tarde de sol de sábado se não for beber?
Sem querer parecer um alcoólatra, mas o que fazem as pessoas que não bebem? Para um bebedor sempre aparece estranho ir ao bar e não beber…

PS. Eu até sei que eles se divertem, o difícil é se divertir como eles.

13.9.04

Ontem eu vi A Vila, último filme do indianozinho. Me lembrei do Tiros em Columbine. Apesar de não concordar mto, o Moore botou a culpa do excesso de violência da sociedade americana na mídia. É o que eles chamam lá de sociedade do medo, onde a mídia divulga em excesso a violência e insere o medo na sociedade.
O que o pessoal da vila fez foi a mesma coisa. Eu não vou contar o final do filme, mas quem já viu o filme sabe do que tô falando.
O que muda mesmo é o enfoque. Um passa o filme discutindo isso, o outro usa a idéia para espantar a galera. Quem diria que o tão singular diretor de sexto sentido, corpo fechado e sinais fosse tão parecido com o documentarista de roger e eu.
Nem parece, mas é.
Maldito dia que eu inventei de transformar aquele cartucho de super 8 em curta. Esse filmeco dá me dando um trabalhão. Tem uma penca de fotos para escanear, tratar e ordenar. O roteiro já está na quinta versão e ainda não tá bom. E a porra do meu pc não quer ler um quicktime com todo o material telecinado. Mas vai dar certo. Enquanto isso tô colocando umas frases para vcs saberem do que é que se trata.
Mas mudando de coisa ruim para coisa boa, em novembro vai ter resfest, um festival mto do bacaninha. Dêem uma olhada.

Resfest

FRAGMENTOS

Não fumar.
Não beber.
Não comer junk food.
Não usar drogas.
(Pausa)
Fazer esportes três vezes na semana.
Fazer sexo pelo menos duas vezes na semana.
Comer salada todos os dias.
Não apanhar na escola.
(Pausa)
Sempre dirigir a moto com capacete.
De quantos momentos da sua vida você vai se lembrar quando tiver 80?

10.9.04

O primeiro post a gente nunca esquece. Mas como esse não é o meu primeiro, vou esquecer rapidão. Ainda não tem nada legal para postar...ainda tô definindo as colunas e o que eu vou postar. De certo mesmo eh a coluna do CINEJA, que vai sair toda sexta. Mas essa sexta não vai rolar...Quem ainda nao sabe do CINEJA vai ter q esperar um pouco. Mas a primeira eu prometo que vai ser bacana, vai ter fotos do curta que eu tô finalizando. Vai ter tb coluna de contos, mas ela tah sem nome ainda....bom tb não dá para começar a 100 por hora néh?
Abs a todos