20.9.07

Vá ver tropa de elite. No dvd pirata e depois no cinema. Sim, o filme é bom e vale a pena você assistir duas vezes. Mas para, principalmente, você perceber que assiste ao mundo bestializado. O filme mostra como o Bope e a polícia funcionam. São tantas novidades para a grande maioria das pessoas, e aí uma das razões de tanto sucesso, que poucos são capazes de argumentar alguma coisa. A maioria das pessoas não sabia que a polícia age assim. E a maioria também não tem argumentos para falar que ela não age assim. José Padilha, o diretor, nos apresenta uma seqüência de fatos que não sabemos se ficamos atônitos com tanta realidade ou se procuramos em nossas rasas experiências como achamos que a polícia funciona. Somos espectadores bestiais vendo a vida passar em nossa frente. Padilha pode mentir, dizer a verdade, exagerar, omitir e fazer o escambau: continuaremos olhando tudo com enorme fantasia, boquiabertos. Somos rasos demais para dizer se isso é verdade ou não. E mais uma vez o povo assiste a tudo bestializado.

10.9.07

O amor acaba em cafés engordurados. Acaba ao meio do cigarro. Ou no desenlace das mãos no cinema. Como se elas soubessem antes que o amor tinha acabado.
O amor não se vai. Ele fica ali. Cigarros nos dedos…aquela fumaça que passa em nossa frente. Que a brisa do vento não responde ao bater em nosso rosto. Os olhos querem ir ao longe, mas não passam da confusão. Tudo o que foi dito sobre o assunto. Onde estavam essas pessoas?
O amor fica. E impregna nas roupas, nas fotos. Daqui há um instante você esquece isso. O amor nunca sai. É ruim…
Pense na tristeza. As mãos já não são mais tão sensíveis. Qual vai ser o próximo passo de dança?
Eu penso todos os dias na mesma coisa. Já não é mais amor.