29.9.10

O FOTB (Flash On The Beach) é uma conferência sobre design, criatividade que reúne palestrantes que ficam lá nos EUA debatendo tudo isso aí e blá, blá, blá. Mas não quero falar do evento, até porque termina hoje. Mas o vídeo com o nome dos palestrantes ficou sensacional. Filmaram elementos com propriedades eletromagnéticas. É trabalho de feira de ciências feito por gente grande.


FOTB 2010 Titles from Süperfad on Vimeo.

24.9.10

A música é bem xarope mas o resto vale a pena.

The Satin Dollz in "Whatever Lola Wants" from Dan Blank on Vimeo.

16.9.10

Essa é só uma das profissões do alemão Clemens Behr. O cara faz tudo: camisetas, poster, sketchbook, instalação... É meu amigo, foi-se o tempo que assoviar e chupar cana era suficiente.












Installation de Clemens Behr @Seize 2009 from Seize on Vimeo.

15.9.10

Wagner Pinto é um designer de Porto Alegre. Infelizmente o site do cara é bonito mas os melhores trabalhos não estão lá. Recomendo procurar o flickr dele.









Coisa mais difícil é dar nome para empresa. Ainda mais estúdio de design ou agência de publicidade. Mas os cabocos ingleses do estúdio Neasden até que se saíram bem. Denominaram-se centro de controle. E provaram na prática ao fazerem ilustração, logo, capa de livro, adesivo de parede, grafite e o que mais você pedir e pagar.

Logotipo para Light Parade, produtora fodona de Amsterdã (com certeza, vai rolar um post só pro trampo dos caras.)



Capa da revista Document Tokyo.



Ilustrações e diagramação para revista ape.





Adesivo de parede.







Catálogo de exposição de arte.



Reel 2010 dos caras.

NCC Showreel from neasden control centre on Vimeo.

14.9.10

Kirby é um gordinho inglês bem comédia que desmascarou todo mundo. Ele mostra quem são as fontes do Led Zeppelin. Mas isso não é tudo! Assistindo o vídeo todo, você descobre que a pesquisa dele tem muito mais pano para manga. Para mim vai parar lá no eterno debate sobre direitos autorais. No site dele, o Everything is a Remix tem links para todas as músicas e imagens que ele utilizou no vídeo. Vale a pena.

Everything is a Remix from kirby1 on Vimeo.

6.9.10

Mais um filme fodão de skate. Ainda não descobri porque só skate tem filme bom. Será que ninguém sabe filmar outros esportes ou pouca gente se atentou para isso? Direção executiva do Spike Jonze, o maluco é praticamente o Midas do cinema, toca e vira ouro.

"LAKAIROMANIA" from Marc Ritzema on Vimeo.

Benchvision - Mução 3D from twistfx on Vimeo.

Muita gente anda falando horrores sobre A Origem. De filme do ano, novo Matrix, a “vamos dar um cheque em branco pro Nolan”. Parece que, de uma hora para outra, todos viraram redatores de capas de DVD de filmes, aquelas que mostram comentários de grandes jornais. Comentários que você só lê nessas capas. Imperdível. Grande sacada. Melhor filme sobre tal coisa. Acho que isso é um pouco dessa nossa neura de viver uma grande época. Todos querem viver o melhor momento da história do planeta. É por isso que é tão comum jornais comentarem quando acontece alguma tragédia: “uma barbaridade dessas acontecendo em pleno século XXI?”. Como assim, cara-pálida? Quem falou que o século XXI é o melhor dos séculos? Só porque você nasceu nele? Mas isso é assunto para outro texto.
A Origem conta a história de um cara que tem a habilidade de entrar no sonho das pessoas para roubar ideias que estejam no subconsciente. Hummm. Falando assim até parece um bom argumento. Merece roteirizar. Mas Nolan está em Holywood. Aí fode, mano. O sabichão que consegue entrar no sonho da galera é o único expert e vai fazer isso uma última vez. Só que nessa última vez ele encontra obstáculos muito mais complicados do que ele normalmente encontrara. Putz. Lembrou de algum filme assim? Em 60 segundos, Nicholas Cage roubou o carro pela última vez para ajudar o irmão. Pitt e Clooney fizeram o último grande roubo para ajudar o amigo idoso em 11 homens e um segredo. Só para ficar nesses dois. Ah, e para completar tal missão, ele conta com uma equipe especializada que também são os melhores no que fazem. 60 segundos tem coadjuvantes assim. 11 homens e um segredo também. Missão Impossível também. Novamente só para ficar nesses. Ah, não, velho. Vou levar a sério um filme desses?
Bom, mas esse argumento do sonho é bom. Bom se você mostrar de forma plausível como entrar no sonho de alguém. Não com uma injeção de sedativo que não se comenta nem sobre a fórmula. Como se química fosse somente aquele laboratório de brinquedo que todo mundo na faixa dos 30 brincou na infância. Aí não, mano. Clube da luta tem uma passagem sobre sonho que é muito mais interessante que A Origem. Edward Norton não consegue dormir há alguns dias e reflete sobre sua situação. Ele não está nem acordado nem dormindo, está em um estado alterado da mente. 5 minutos que valem mais que as duas horas e quarenta da fita de Nolan.
Então por que escrevo sobre A Origem? Porque Nolan sabe dirigir. A história é contada impecavelmente. A trilha é espetacular e ele sabe contar parte da história só usando música. Os diálogos são bons e há só uma piada holywoodiana. Bom, uma não compromete. Nolan usou a boa direção, trilha e bons diálogos para amadurecer uma série presa na infância (Batman) e usou a mesma trinca para tentar salvar A Origem. Salvou mas não conseguiu levar a fita aonde o argumento dela merecia. Essa ainda não é a hora nem a vez de Nolan. Mas seu momento vai chegar. Com pouquissímos bons diretores capazes de fazer grandes estúdios assinarem cheques em branco, Nolan pode ser um deles.

2.9.10

O cara não tinha filmadora. Tirou 3000 fotos de Londres e fez um vídeo.

London (Harder, Better, Faster, Stronger) from David Hubert on Vimeo.

1.9.10

Quando eu era bem menino
Tinha fadas no jardim
No porão um monstro albino
E uma bruxa bem ruim.

Cada lâmpada tinha um gênio
Que virava ano em milênio
E, coisa bem mais perversa,
Sapo em rei e vice-versa.

Tinha Ciclope,Centauro,
Autósito, Hidra e megera,
Fênix, Grifo, Minotauro,
Magia, pasmo e quimera.

Mas aí surgiram no horizonte
Além de Custer e seus confederados
A tecnologia mastodonte
Com tecnologistas bem safados
Esses homens da ciência me provaram
Que duendes, bruxas e omacéfalos
Eram produtos imbecis de meu encéfalo.
Nunca existiram e nunca existirão:
uma decepção!

Mas continuo inocente, acho.
Ou burro, bobo, ou borracho.
Pois toda noite eu vejo todo dia
Tudo que é estranho, raro, ou anomalia:
Padres sibilas
Hidras estruturalistas
Ministros gorilas
Avis raras feministas
Políticos de duas cabeças
Unicórnios marxistas
Antropólogas travessas
Mactocerontes psicanalistas
Cisnes pretos arquitetos
Economistas sereias
Democratas por decreto
E beldades feias
Que invadem a minha caverna
E me matam de aflição
Saindo da lanterna
Da televisão.

Texto extraído do livro "Millôr Fernandes — Poemas", L&PM Editores - Porto Alegre, 1984, pág. 92.
Para começar bem o melhor mês do ano.