26.8.10

Ibai Acevedo é um moleque. Fotógrafo espanhol, o caboco nascido em 84 já faz isso. Vale muito a pena dar um pulo no sítio do cara.













Louis XIV-"Stalker" from Drew Innis on Vimeo.

24.8.10

Kristof Luyckx é um animador, designer, ilustrador e mais o que você precisar belga. Foi ele que dirigiu o clipe Wanderland que tá no post debaixo. O trampo do cara é alternativo mas é bem bom. Dá uma sacada no reel 2010 do caboco.


Kristof Luyckx REEL 2010 from Kristof Luyckx on Vimeo.

Hermanos Inglesos feat. MeMe - Wanderland from Kristof Luyckx on Vimeo.

19.8.10

Pictory é uma revista eletrônica de fotografia feita pela designer Laura Brunow Miner que une trabalhos de fotógrafos do mundo inteiro sob um tema em comum. Cada pessoa só pode enviar uma única foto, a sua melhor foto e contar a história dela. A ideia é comparar diferentes olhares sobre o mesmo tema. Semanalmente, o Pictory muda de tema e você pode mandar suas fotos de graça. E se você for selecionado, sua foto é publicada. Praticamente leitura e olhada obrigatória.

18.8.10

Mais um curta do estúdio fodão MK12.

TELEPHONEME | MK12 from MK12 on Vimeo.

Eu sei, mas não devia

Marina Colasanti


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(1972)


O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

17.8.10

O DJ Zegon se juntou com um caboco gringo, o Squeak E. Clean, para formar o N.A.S.A. (North America, South America). Além da música boa, os clipes são beeem fodões. Esse aí é de Strange Enough, do primeiro disco, The Spirit of Apollo. Dirigido por Stewart Wagstaff, Tom Loughlin, Sam Taylor, Lorna Lavelle.


N.A.S.A Feat. Karen O and Ol' Dirty Bastard - 'Strange Enough' from Studio Giblets on Vimeo.

Margherita Premuroso (é o nick dela, viu gente) precisa fazer um curta de animação para se formar na Animation Mentor. Fez isso.

Paper Plane from Margherita Premuroso on Vimeo.

16.8.10

A eloquência da desculpa é proporcional ao tamanho da bobagem. Via Updateordie.

13.8.10

Sexta-feira 13 todo mundo só fica penando coisas negativas. Olha aí um exemplo positivo.


10.8.10

Contando uma história com apenas 5 cores.







9.8.10

6.8.10

Curta-metragem de Roberto Pérez Toledo.

4.8.10

O governo americano realizou esse experimento nos anos 50. Chamaram um ilustrador, tacaram LSD no caboco e deram a ele uma caixa cheia de lápis, papel, tintas e afins.

1. 20 minutos depois da primeira dose (50µg) e nada de efeito.



2. 1h05 depois da primeira dose e 20 minutos depois da segunda dose (50µg), o ilustrador: "eu consigo ver você claramente. Mas não consigo controlar minha mão direito."



3. 2h30 depois da primeira dose. "Parece que minha consciência está ativa."



4. 2h32 depois da primeira dose. "Minha mão está esquisita. Este desenho não está muito bom, não é mesmo?"



5.2h35 depois da primeira dose. "Vou desenhar você de uma só vez, numa linha só. Você vai ver."



6. 2h45 depois da primeira dose. O ilustrador está agitado. Ele agora larga o carvão e desenha com aquarela. "Estou ouvindo um chamado..."



7.4h25 depois da primeira dose. "Este vai ser meu melhor desenho, melhor que o primeiro. Tenho que me concentrar para não errar nenhum movimento, tenho que me concentrar..."



8. 5h45 depois da primeira dose. "Está difícil de segurar este lápis."



9. 8 horas depois da primeira dose. O efeito do LSD passou. O ilustrador faz um desenho rápido, antes de ir para casa.