3.2.09
Eu ainda não sei como ainda tem gente que chama o Millôr de jornalista. Deve ser o automático. Porque Millôr deixou de ser jornalista há muito tempo. Basta acompanhar sua página na Veja. É artigo aquilo lá? É notícia? É análise? Não, não é nada disso. Millôr é artista há muito tempo. E dos bons. E dos modernos. Seu desenho é incrível,é de um refinamento agressivamente pós-moderno. E o que falar de seus textos? Impecáveis, como os de todos os bons jornalistas do passado. Millôr passeia tranquilamente pela literatura, pelas artes plásticas, pelas intervenções no maior semanário do país. Por isso, faço aqui um apelo: parem de rotular o caboco de jornalista. Ah, em tempo: leiam A verdadeira história do paraíso, publicado em 1972. Bom para quem gosta de desenho, de texto e dos dois ao mesmo tempo.
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