30.11.04

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24.11.04

A dança dos guarda-chuvas


Um dia desses me deparei com um anúncio homenageando São Paulo. Vários guarda-chuvas vistos de cima formavam uma famosa garrafa de vodka. Imediatamente me lembrei dos dias chuvosos de verão e de como as pessoas não sabem andar com guarda-chuva. Literalmente, viram açúcar quando chove. Por que elas não conseguem desviar um pouquinho o guarda-chuva para não atingir a pessoa que vem na direção contrária? O que umas gotinhas a mais podem prejudicar a roupa? Afinal, ela foi feita para molhar, óbvio que só na máquina, mas algumas gotas não são motivo para se entrar em pânico.
Fiquei pensando em como é temporal em Paris. Será que as pessoas desviam ou não o guarda-chuva? Eu me molho um pouco para a madame passar, não tem problema. Mas e se for madame com madame? Provavelmente impera a arrogância francesa. Porque essa fama tem que vir de algum lugar.
Já na Inglaterra é o cavalheirismo que emperra tudo. Porque é um querendo que o outro passe primeiro. E como o que aceita primeiro parece ser menos cavalheiro que o outro, ninguém anda. Se bem que com o céu cinza quase o ano todo, eles devem esquecer um pouco disso de vez em quando. Deve ser por isso que nem todo mundo lá é sir.
Infelizmente eu não moro no velho continente. O que também não me livraria de me machucarem com o guarda-chuva. Talvez a Constanza Pascolato devesse escrever um capítulo sobre guarda-chuvas no seu próximo livro. Ótima solução. Enquanto isso não acontece, o jeito é rezar para não encontrar nenhum guarda-chuva vindo em sua direção. Ou para que São Pedro colabore.

16.11.04

Cheguei a conclusão que documentários são reportagens investigativas...Se não fosse a trilha legal, as entrevistas longas e a geração de caracteres bacaninha podiam passar no Jornal nacional.
E é o estilo cinematográfico menos tido como arte no Brasil. Eu acho o contrário. Eles são quase reportagens mas não são. É como olhar o abismo bem de pertinho.

Para ver:
Motoboys- Vida Louca
Balseros

9.11.04

Juro que é o último post sobre eleições americanas...
Sorry Everybody

8.11.04

Brilho eterno de uma mente sem lembranças é bom. Mas nada de excepcional. A idéia de fazer filmes sobre memórias é interessante, mas já tem um monte no mercado, até eu fiz o meu. A atuação é boa, a Kate detonou. Mas duas coisas de destaque são:
1) o diálogo da cena do metrô, logo no começo, quando os personagens principais se conhecem. Sensacional. Queria ter escrito aquilo, mto bom.
2) o uso do foco. Mó quesito técnico,mas fundamental...mto interessante o jeito que ele usa o foco para contar a história. Inclui-se também o uso das lentes,claro.

3.11.04

No fim é tudo sobre as pessoas


Confundiram-me com um andarilho. Disseram que para andar assim era errante. Pelo contrário. Sozinho, não vou a lugar algum. Perguntaram-me então de onde vinha tal contradição. Disse-lhes apenas que só as pessoas são o propósito de uma caminhada. Mesmo longe.